Shabot 6000 versão tupiniquim

As tirinhas oficiais podem ser encontrada aqui, nelas, um rabino comprou um robô para trabalhar como "Goy Shabat" em sua residência. Pela tradição judaica, no dia do Shabat os judeus são obrigados a ter uma série de observância, já que o sábado é sagrado, para não infligir esta lei, um "shabes goi" é "contratado" para executar "certas" atividades proibidas. Em hebraico "goi" significa não-judeu.

Nas historinhas o robô, Shabot, decide que é judeu, então se recusa a fazer seus serviços como empregado, com isso, incapaz de fazer algo bem feito, passa o dia fazendo perguntas sobre o judaísmo. O texto é bem divertido, as tirinhas existem desde 2 janeiro de 2004.

Essa observância é extremamente delicada, vista por muitos como um ato discriminatório, já que em sua raiz, dá-se a entender que um não-judeu é um "ser inferior". Isso gera muito debate, por ser uma tradição variada da Lei do Sábado, não tendo uma carga bíblica legítima ou torahshica. A explicação dada hoje, que isso é um ato de amor e respeito a fé do próximo, um belo ato aos olhos de Deus, não convence muito, menos ainda que ele pode ajudar um judeu, desde que ele tenha seu própio dia de descanso no domingo ou outro dia qualquer.

Esses dogmas ou leis religiosas com suas obrigações aos montes, estão presas a um passado, que precisam estar de acordo com os dias atuais, não sendo um libertino anárquico e distante de Deus, mas em equilíbrio com a modernidade. De acordo com o Halacha, observe esse texto: Shulchan Aruch, "Orach Chayim", capítulo 308, parágrafo 7, diz: É proibido carregar ou mover pedras no Shabat, mesmo que sirvam para tampar vasilhas, essas interpretações literais chegam a ser absurdas, porém criativas. Dirigir carro também não é permitido, "a Torah reprime todo tipo de trabalho no Sabádo", num mirabolante exercício mental, pois acender um "fogo" não é um tipo de esforço, esta ação ao girar a chave do carro, liga a ignição, que gera uma faísca, que é um "fogo", com isso gerando mais mirabolantes execícios interpretativos.

As tirinhas que serão mostradas no blog, terão um ar mais tupiniquim, o robô não é judeu (no momento não, pode ser no futuro), é "cristão", entre aspas mesmo, porque ele foi construído em uma fábrica de base crística, que construía robôs evangelizadores, que faliu e se viu obrigada a criar eles para afazeres domésticos, mas com algumas interpretações cristãs sobre a vida humana em sua memória robótica, não evangeliza, mas discute biblicamente alguns conceitos bíblicos cristãos e não-cristão, já que sua memória não permite aprender novas coisas, isso nos planos básico e master, no pro, os robôs vem com uma memória alterável, mesmo vindo com algumas interpretações cristãs sobre a vida humana, mas ele pode mudar o seu comportamento, coisa que o Rabino irá tentar fazer.

Shabot 6000 não é um cópia fiel da realidade, em nossa época robôs inteligentes apenas jogam xadrez, podemos dizer que é uma realidade alternativa no Brazil. Para desgosto da galera nosso país continua falido e de terceiro mundo.

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